O mercado da maconha está apenas começando a mostrar seu potencial e o Brasil ainda tem a chance de se tornar o maior produtor mundial da planta… Será que a gente consegue?
Atualmente, 57 países adotaram alguma forma de legalização para uso medicinal, enquanto seis já legalizaram o uso recreativo em âmbito nacional.
No entanto, poucos deles implementaram modelos robustos de comércio, deixando espaço para um imenso crescimento no setor.
Mercado da maconha movimentando meio trilhão de dólares
Estudos indicam que mais de 260 milhões de adultos consomem maconha ao menos uma vez por ano e em 2020 eles gastaram cerca de US$ 415 bilhões em produtos com alto teor de THC.
Esse número deve atingir US$ 496 bilhões até 2025. Porém, 94% dessas vendas ainda acontecem no mercado informal, revelando o quanto a indústria legal ainda precisa evoluir.
Na América Central e do Sul, especialistas avaliam que o mercado de cannabis vale cerca de US$ 8 bilhões, mas grande parte desse valor ainda não está regulamentada.
Para especialistas e investidores, isso demonstra o potencial inexplorado da região.
Mercado da maconha para animais
A diversificação no uso da maconha medicinal também impulsiona a indústria. Produtos à base de cannabidiol (CBD) para animais têm ganhado destaque.
No Brasil, veterinários já podem prescrever CBD para pets, ampliando o acesso a terapias alternativas.
De acordo com uma análise da Global Market Insights, o mercado global de CBD para pets foi avaliado em US$ 693,4 milhões em 2023.
Com uma taxa de crescimento anual composta de 18,2%, o setor deve expandir significativamente até 2032.
Os cães lideram o consumo, gerando a maior receita no segmento, estimada em US$ 416,1 milhões.
Mercado da fibra da maconha
Produtos não consumíveis derivados do cânhamo, como fibras para roupas e têxteis, estão em ascensão.
Em 2023, o mercado global de fibras de cânhamo foi avaliado em US$ 11,05 bilhões, com projeção de atingir US$ 50,38 bilhões até 2028.
No setor alimentício, produtos como chá, leite e sementes de cânhamo também mostram crescimento acelerado.
O mercado de chá de cânhamo, por exemplo, deve saltar de US$ 56,2 milhões em 2021 para US$ 392,8 milhões em 2031.
Já o mercado de leite de cânhamo cresce a uma taxa de 5,24% ao ano, com projeção de atingir US$ 240 milhões até 2033.
Mercado da semente da maconha
Com a legalização do cultivo doméstico em países como Uruguai, Canadá e Alemanha, o mercado de sementes de cannabis vive um boom.
Em 2021, o mercado global de sementes foi avaliado em US$ 1,3 bilhão, e deve alcançar US$ 6,5 bilhões até 2031, com crescimento anual de 18,4%.
Na Alemanha, onde adultos podem cultivar até três plantas, 7% da população já comprou sementes desde a legalização.
Esse aumento na demanda impulsiona o crescimento de bancos de sementes em toda a Europa.
O mercado da maconha: Oportunidades para empreendedores
No Brasil, o avanço recente nas regulamentações para maconha (principalmente a medicinal) abre novas possibilidades para investidores e empreendedores.
A aprovação de medicamentos derivados da planta e a crescente aceitação social impulsionam o desenvolvimento de empresas focadas em pesquisa, cultivo, fabricação e distribuição.
Além disso, o potencial para exportação e a diversificação em áreas como cosméticos, alimentos e produtos veterinários tornam o Brasil um terreno fértil para quem busca explorar esse mercado.
Com a regulamentação caminhando para alcançar outros aspectos da cadeia produtiva, empreendedores têm a chance de ocupar espaços estratégicos enquanto o setor ainda está em desenvolvimento.
O momento é propício para iniciativas inovadoras, principalmente aquelas que promovam o acesso sustentável e eficiente aos benefícios da cannabis medicinal.
Fonte: CannabisNow